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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Resenha-Iron Man 3

Resenha - Homem de Ferro 3
Antes de mais nada, fica o aviso: embora costume escrever resenhas sem spoilers, neste caso seria muito difícil, por isso há um leve spoiler sobre o personagm Mandarim. Bom, agora já me eximo de qualquer responsabilidade e posso começar a escrever sobre o filme.
Homem de Ferro 3 começa com um flashback de Tony, onde ele conhece a botânica Maya Hansen (Rebecca Hall) e o cientista Aldrich Killian (Guy Pearce). Depois, voltamos ao presente e vemos que Pepper está vivendo com Tony, que anda sofrendo com ataques de ansiedade e estresse pós-traumático desde os eventos ocorridos em Os Vingadores. Cada vez dormindo menos, ele dedica todo seu tempo ao desenvolvimento de novas armaduras, ignorando totalmente o que se passa no restante do mundo, incluindo o aparecimento de um mega-terrorista chamado Mandarim.
homem de ferro 3(1)
Nesse meio tempo, Killian reaparece, totalmente diferente e com sua tecnologia já desenvolvida, tentando vender seus projeto para as Indústrias Stark, agora comandadas por Pepper. No entanto, o projeto é recusado por possuir um potencial bélico praticamente ilimitado. E, é a partir daí que o longa realmente se desenvolve.
Apesar de ser o filme que mostre mais armaduras diferentes, tambem é aquele em que Tony Stark se mostra mais vulnerável desde o princípio. Seus ataques de ansiedade e a necessidade de construir mais e mais armaduras refletem seu medo de não ser capaz de proteger a si mesmo e, principalmente, aqueles com quem se importa. Ele reconhece ser somente um homem e não um supersoldado, um Deus, ou um gigante furioso sem qualquer fraqueza.
Robert Downey Jr. consegue explorar essa nova faceta do herói com perfeição, mas sem jamais deixar o personagem perder suas principais características. Ao longo dessa nova jornada, ele volta as origens, demonstrando que o Homem de Ferro não está onde as armaduras estão, mas sim onde o homem está. Afinal, o super poder de Tony Stark é seu intelecto e sua habilidade de desenvolver novas tecnologias, sendo isso que o fez escapar de seu cativeiro no primeiro filme.
Homem de ferro 3(2)
Mas, não é somente Tony que evolui como personagem, Pepper, que jamais foi somente uma donzela em perigo, passa a ser ainda mais ativa e sua importância ultrapassa o simples par romântico. A, agora presidente das Indústrias Stark, é colocada em pé de igualdade com Tony.
O ponto mais polêmico do filme com certeza é o Mandarim. Ao contrário dos quadrinhos, onde o personagem é um gênio científico, que rivaliza com Tony, e possui acesso a tecnologia alienígena, utilizando-a em seus anéis, o que vemos no filme é completamente diferente, o que pode gerar certa indignação de alguns fãs. Porém, na minha opinião, isso foi necessário, porque nas HQs o Mandarim é extremamente poderoso (inclusive para os padrões dos quadrinhos) e possui uma origem um tanto longa e complexa, sendo necessário tempo para que a história fosse contada da maneira correta. Então, ao invés de forçar a entrada do personagem e não fazer da maneira correta, foi preferível utilizar algo diferente, muito mais em tom de homenagem.
Homem de Ferro 3(4)
O primeiro filme solo pós-vingadores faz bonito no final das contas e se redime em relação ao segundo filme. Não estou dizendo que o filme é perfeito, claro que existem falhas, principalmente em relação aos clichês, que são difíceis de se escapar em filmes deste gênero, e um ou outro personagem demasiadamente cartunesco.
Enfim, apesar de não ser um filme muito profundo, ou repleto de dilemas morais, como o encerramento de um ciclo este filme funciona muito bem, reconhecendo seus limites e não tentando jamais ultrapassar sua proposta, que é ser um filme baseado em HQs. Tony Stark acaba reconhecendo suas principais qualidades e defeitos, finalmente se aceitando pelo que ele é, sem depender excessivamente da tecnologia.
homem de ferro 3(3)

Resenha-Naruto Road to Ninja

Naruto é um dos animes mais populares no Japão e no Ocidente, contando com mais de 300 episódios e 9 filmes lançados até o momento. O 9º filme é justamente Road To Ninja, que foi aquele que mais recebeu atenção dos fãs por ter uma história feita pelo criador da série, Masashi Kishimoto.
Antes de mais nada, muito tem sido discutido pelos fãs sobre o filme ser canônico ou não. Vou deixar aqui minha opinião para em seguida comentar sobre o filme. A verdade é que no longa parece que todo o arco de Pain já aconteceu, inclusive com Naruto sendo capaz de usar o modo eremita. É bem possível encaixar o longa durante o período em que a equipe Taka é encarregada de capturar Bee. O grande problema é que no final acontece uma certa inconsistência, mas que pode ou não ser relevada pelo fãs. Em resumo, vai depender de cada fã o modo como ele irá encarar a história do filme
.O longa começa com uma ofensiva contra a Akatsuki, com todos os membros sendo vistos, inclusive os que já morreram. Naruto se antecipa e inicia um ataque, logo depois os demais se jutam a ele e, aparentemente, conseguem vencer seus rivais. Contudo, Tobi encurrala Naruto e Sakura e utiliza o Tsukyomi Infinito.
Ao utilizar esta técnica, Naruto e Sakura acabam numa realidade em que estão livres de todos os seus problemas, onde tudo parece funcionar como eles queriam. Porém, nesta realidade todos os seus amigos tem suas personalidades alteradas, sendo basicamente o contrário do que são na vida real. Gai é completamente desmotivado e está sempre se achando velho demais, Shikamaru é completamente estúpido, Choji é magro e não aguenta comer muito, Hinata é extremamente confiante e bastante possessiva com relação à Naruto, e por aí vai. Acho que vocês já devem ter conseguido ter uma ideia.
O plano de Tobi era que ele pudesse extrair mais facilmente a Kyuubi de Naruto, pois neste universo os pais de Naruto estão vivos e ele poderia aceitar tudo como algo melhor, ficando mais suscetível a perder seu controle sobre a raposa de 9 caudas.
O filme, apesar de não ter nada de tão sensacional, é muito original e ganha pontos extras por podermos ver este interessante universo paralelo. É divertido ver todos os personagens que conhecemos agindo de forma completamente diferente. Além disso, é emocionante vermos a confusão de Naruto entre aproveitar o tempo com seus pais e reconhecer que aquilo não é nada além de uma ilusão.
A animação flui bem, também fazendo uso de elementos 3D, e o traço dos personagens, como na maioria dos filmes, está bem acima da média do que vemos no anime. O fato de Kishimoto ter feito o design dos personagens conta bastante, pois, ao contrário de alguns outros longas, não temos personagens muito esquisitos, que parecem não fazer parte do universo de Naruto.
A trilha sonora dita bem o tom do filme e faz bonito, com diversas composições originais, não deixando a desejar em relação ao anime. Mas, também não chega a ter nada que seja tão memorável.
O fator negativo fica por conta de uma maior relevância, ou qualquer que seja (depedendo de sua opinião sobre o filme ser ou não canônico), no enredo principal. Porém, no fim das contas, esse acaba sendo o melhor longa de Naruto, embora a concorrência não seja muito grande, e vale muito a pena para os fãs.