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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Erros & Acertos do Cinema em 2013


Erros & Acertos do Cinema em 2013 – Parte 2


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Continuando o especial dos erros e acertos de 2013 no cinema, seguimos com a parte dois da lista. Lembrando que aqui o que está sendo levado em conta é a avaliação da crítica, o gosto do público e a bilheteria do filme, já que nem sempre esses dois últimos caminhos juntos.

Blockbusters:

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Começando pelo maior deles, Homem de Ferro 3 é a maior bilheteria de 2013, e o quinto filme mais rentável de todos os tempos. É inegável a popularidade do personagem. O filme foi o único do ano a ultrapassar a barreira do bilhão. Apesar de muita reclamação dos fãs mais ardorosos, e de muita gente, o filme agradou os críticos e público mais do que desagradou. O Homem de Aço, novo filme do Superman, também gerou polêmica, e ficou bem longe da unanimidade. No entanto, o filme é a quinta maior bilheteria do ano até aqui. Já em matéria de agradar a crítica não foi tão bem sucedido, marcando 56% de aceitação em comparação aos 79% de seu colega da Marvel. Já com os fãs, marcou um pontinho a mais com nota 75 (entre mais de 275 mil pessoas) contra os 74 de Homem de Ferro 3.
Nas bilheterias mundiais, porém, Superman não é páreo para Vin Diesel e sua turma deVelozes & Furiosos 6. O sexto capítulo da série motorizada é a terceira maior bilheteria do ano até o momento, e tem aceitação de 72% do grande público. Com os críticos, o filme marca um pouco menos, com 70%, o que continua sendo impressionante para um filme que é entretenimento puro. Em matéria de sucesso surpresa, um dos maiores do ano foiTruque de Mestre. Esse é um dos poucos filmes originais do ano, que não é uma franquia, não é uma continuação, e não é baseado em nada além de seu roteiro. Uma ideia totalmente nova, sobre um grupo de ilusionistas assaltantes de Las Vegas, precisa ser valorizada. O filme é a 14ª maior bilheteria do ano, e impressionou o público (principalmente aqui no Brasil) com 73% de aceitação. Já os críticos não se deixaram enganar por esse truque, e somente a metade, exatamente 50% aprovaram.
Apesar de ter chegado depois na batalha dos filmes de ação da Casa Branca, O Ataqueconseguiu superar seu antecessor Invasão à Casa Branca nas bilheterias. Talvez seja a popularidade de Channing Tatum. O filme é 31º mais rentável do ano, mas a aprovação do público foi moderada com 63%. A coisa foi pior com os críticos, os quais apenas 50% deram seu aval. O diretor Michael Bay (Transformers) está acostumado a grandes bilheterias, e de sempre ficar no topo de cada ano. Em 2013 o diretor tentou a arriscada proposta de fazer um filme de baixo orçamento (para seus padrões), e o resultado não foi muito satisfatório. Sem Dor, Sem Ganho conseguiu arrecadar menos do que produções mornas como Caça aos Gângsteres e Red 2. Os críticos deixaram o filme a ver navios com apenas 49% de aprovação, já o público foi um pouco mais gentil com 65%.

Ficção Científica:

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2013 era para ser o ano da ficção científica no cinema. A proposta era boa, tirar o foco de adaptações de quadrinhos como a principal fonte de blockbusters e emplacar outro gênero de filmes. A coisa não funcionou muito. O primeiro a chegar foi Oblivion, protagonizado por Tom Cruise (único astro saído da década de 1980 ainda capaz de bancar uma obra desse porte apenas com seu nome). A história, confusa, mas interessante, dava material para pelo menos três filmes. Com um orçamento de $120 milhões, Oblivion rendeu quase $300 milhões mundialmente, além de ter 70% de aprovação do público. Isso mostra que a nova geração ainda embarca na ideia de ter o “tiozão” Cruise como herói de ação. Já os críticos foram menos generosos, e somente 54% da imprensa aprovou a obra.
Depois da Terra trouxe uma ideia saída da mente do próprio astro Will Smith, um dos maiores da atualidade. No entanto, o filme se mostrou um exercício de nepotismo, quandoSmith passou a tocha para sua cria, o despreparado Jaden Smith. No comando dessa obra de sobrevivência estava o subestimado M. Night Shyamalan. Com um orçamento de $130 milhões, o filme rendeu apenas um pouco mais de $60 milhões em seu país de origem.  Marcou medianos 50% com o público, e irrisórios 11% com os especialistas – um dos percentuais mais baixos do ano. Já Star Trek – Além da Escuridão, seguia o sucesso do filme original de 2009, ainda comandado por JJ Abrams. A continuação supera em tudo o seu antecessor, e cria um filme mais identificável, com uma ameaça melhor, para os não escolados na arte de Jornada nas Estrelas. A produção rendeu quase $500 milhões ao redor do mundo, e obviamente tem o aval para ir além, viajando aonde nenhum homem jamais foi, infelizmente agora sem o comando do cineasta Abrams (que comandará a franquia rival Star Wars). O segundo Star Trek marcou 79% de aceitação com os fãs, e 87% com os críticos, mostrando que esses são os verdadeiros trekkies.

Comédias:

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O público e os críticos execraram o segundo Se Beber, Não Case, que mesmo assim não deixou de ser sucesso. O que dizer sobre esse terceiro então. Sem dúvidas o mais diferente dos três, o que não necessariamente é uma coisa boa. Com medianos 59% de aprovação do público, o filme arrecadou mais de $100 milhões somente nos EUA. Mesmo com certo sucesso financeiro é seguro afirmar que essa “ressaca” para por aqui. Se depender dos 19% de aprovação da crítica, isso é mais do que um fato. Do inverso sofre a série Todo Mundo em Pânico, que já deveria ter parado há muito tempo. Essa quinta investida é uma afronta a todas as cabeças pensantes do mundo (e pessoas que já saíram da fase adolescente). O filme marca fatídicos 39% de aprovação do público, e assustadores 4% com os críticos (provavelmente a nota mais baixa do ano).
O Casamento do Ano junta astros do passado como Robert De NiroSusan Sarandon eDiane Keaton, com a nova geração de atores, como Katherine Heigl e Amanda Seyfried. O que não possui é quase nenhuma graça. O público até que o aceitou dentro dos limites, com medianos 54% (alto demais), já os críticos com a cabeça mais no lugar lhe deram 7% de aprovação( Ei, pensemos pelo lado positivo, ainda está acima de Todo Mundo em Pânico 5). Os Estagiários reuniu a dupla de bons comediantes, Vince VaughnOwen Wilson, mas sem a mesma pegada de Penetras Bons de Bico. O público resolveu dar 62% de aprovação, já os críticos disseram que o filme só vale 35%.
Uma das comédias mais rentáveis do ano, As Bem Armadas traz a improvável duplaSandra Bullock e Melissa McCarthy, como agentes de lei (com ótima química) bem diferentes. Essa agradável (dentro dos limites) produção já tem uma sequência encomendada, e foi aprovada por 66% do público, somatório que também conquistou com os críticos (num dos casos inéditos do ano). É o Fim é uma grande brincadeira com o apocalipse, e uma comédia recheada de piadas internas, no qual Seth Rogen, James Franco, e seus amigos comandam o show. O filme foi aceito por 70% do público (um bom número para um filme de humor bem específico), e fez ainda mais bonito junto aos críticos com 83% de aceitação.

Produções mais Sérias:

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O drama de esporte 42 – A História de uma Lenda, sobre a vida do primeiro esportista negro da história, foi um dos maiores sucessos do início do ano nos Estados Unidos. Como o esporte não cria elo com o público brasileiro, o destino do filme foi o lançamento em home vídeo por aqui. A cinebiografia de Jackie Robinson, um dos filmes mais importantes do ano, arrecadou quase $100 milhões (somente por lá, se isso não for um sucesso…), e o aval de 75% do público. Já 79% dos críticos disseram sim à obra. O Grande Gatsby é a adaptação da obra literária clássica de F. Scott Fitzgerald, pelas mãos do cineasta megalomaníaco, Baz Luhrmann (Romeu + Julieta). O filme é uma extravagância visual, de cenários (computadorizados) e figurinos, além de ser uma ótima investida no terreno do 3D. Esse blockbuster adulto talvez não tenha lugar no mundo de hoje, mesmo assim foi aprovado por 73% do público. Já os críticos acharam que esses dois tipos de filme não se misturam, e deram apenas 49% de aval.
Do cinema mais artístico saíram Amor Bandido (Mud), ainda em cartaz nos cinemas brasileiros com uma das maiores notas dos críticos nacionais, e O Lugar Onde Tudo Termina. Essas são duas obras do cinema independente americano, mas o que chama a atenção é que as duas figuraram entre os filmes mais vistos nas bilheterias americanas, em seus respectivos lançamentos. O Lugar Onde Tudo Termina fala sobre um criminoso (Ryan Gosling) e um policial (Bradley Cooper), intercalando suas histórias em três atos. O filme marca 74% de aceitação do público, e arrecadou mais de $35 milhões ao redor do mundo. Com os críticos o novo filme do diretor de Namorados Para Sempre marcou 82% de aceitação. Já Amor Bandido, traz Matthew McConaughey em sua nova e melhorada fase, como um foragido atrás de sua grande paixão, criando amizade com dois garotos no processo. O filme do diretor Jeff Nichols (O Abrigo) tem uma das maiores notas do ano com os jornalistas, marcando impressionantes 98% de aceitação.
Já os novos trabalhos de dois dos cineastas de maior prestígio da atualidade não chamaram muito a atenção dos críticos ou do grande público. Os Amantes Passageiros eBling Ring – A Gangue de Hollywood são os novos filmes de Pedro Almodóvar e Sofia Coppola respectivamente. No primeiro, o espanhol deixa exalar novamente seu lado caricato e altamente lascivo numa espécie de Apertem os Cintos, O Piloto Sumiu…tarado e gay. Coppola, por outro lado, traduz de forma eficiente uma história não muito interessante, sobre jovens ricas de Beverly Hills que roubavam celebridades (de quinta). Embora Coppola faça na forma de sátira, o material é por si só tão vazio que não merece nem uma tiração de sarro. Os filmes não são ruins.

Animações:

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Universidade Monstros trouxe de volta os queridos personagens de Monstros S.A.(2001), e foi a aposta da Disney/Pixar para o disputado verão americano. O resultado é uma espécie de A Vingança dos Nerds para a criançada em forma de animação. Os críticos e o público adoraram, e fizeram da produção a segunda animação mais rentável do ano. Sorte igual não teve Reino Escondido, aventura da Fox sobre um reino de seres minúsculos. A animação faz diversas referências a um tipo de cinema mais adulto, entre elas os filmes de samurais. A obra obteve um resultado morno de forma geral.

Cinema Nacional:

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O maior sucesso nacional do ano foi a comédia Minha Mãe é uma Peça. O comediantePaulo Gustavo acerta em cheio ao levar sua peça de teatro para as telonas, recebendo assim o aval dos críticos e do grande público. O sucesso foi tanto que uma continuação já está agendada. Outros que fizeram sucesso com público e crítica foram Faroeste CabocloSomos Tão Jovens, duas produções que fazem parte do ano da banda Legião Urbana no cinema. O primeiro é a adaptação para as telas de uma das canções mais famosas do grupo, e o segundo é a biografia da banda e principalmente de seu líder, o poeta Renato Russo. Já em matéria de prestígio, talvez nenhuma obra nacional tenha sido tão elogiada quanto Elena, o fantástico documentário intimista, pessoal e ao mesmo tempo universal, da talentosa diretora Petra Costa. A diretora resolve contar para o mundo a história de sua irmã, a aspirante a atriz Elena, numa das produções mais tocantes do ano, e uma das mais belas e poéticas.
No terreno dos que não se deram bem, podemos citar Giovanni Improtta, transposição para o cinema do adorado personagem do talentoso José Wilker. Inicialmente o personagem fazia parte de uma novela da rede Globo. Odeio o Dia dos Namorados até tinha uma ideia interessante, uma subversão do conto clássico de Charles DickensUm Conto de Natal, adaptado para o dia dos namorados. Heloísa Périssé faz o que pode, mas o público atual parece favorecer atualmente novos comediantes como Fábio PorchatPaulo Gustavo.

Terror & Suspense (& Blockbuster):

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Um de meus blockbusters preferidos do ano (e o de muita gente) foi a adaptação para o cinema do livro de Max Brooks, que segundo dizem difere totalmente de sua parte em celuloide. Guerra Mundial Z traz Brad Pitt como um intrépido sujeito disposto a salvar sua família de uma grande infestação que consome o mundo, mesmo que pare isso precise deixá-los de lado e sair em jornada por uma cura.  Uma produção problemática, que viveu para se tornar um dos maiores sucessos do ano, e a sétima maior bilheteria de 2013 (até o momento). Embora sucesso financeiro, o filme dividiu a crítica. O mesmo aconteceu com o violento e sanguinolento A Morte do Demônio, refilmagem de um clássico de Sam Raimi, da década de 1980.
Com o aval do próprio Raimi, o novo Evil Dead é uma grande homenagem, assim como se mantém como seu próprio filme. Além de tudo, ainda possui uma das melhores atuações em um filme de terror, entregue pela jovem Jane Levy. Em matéria de orçamento e arrecadação, um dos maiores sucessos financeiros de 2013 foi Uma Noite e Crime. Filme de suspense, terror e ficção científica conceitual, a obra mostra o que aconteceria se o governo americano permitisse por uma noite apenas qualquer tipo de crime sem interferência das autoridades. O sucesso do filme, que custou $3 milhões e arrecadou $90 milhões ao redor do mundo, já promete uma sequência.
Leia:

Erros & Acertos do Cinema em 2013 – Parte 1

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